segunda-feira, 25 de abril de 2011

PEQUENAS E CONSTANTES FELICIDADES

Sabe aqueles dias com cara de normal, mas que para você não é? Por vezes, nada de diferente acontece, mas o dia se torna especial para você? Há muito tempo, para que eu dissesse que um dia me marcou, tinha de ser algo grandioso. Viagens, festas, reecontro de amigos antigos, enfim, fatos incomuns. Até aí, tudo bem. O problema aparecia quando essas coisas NÃO aconteciam com tanta freqüência. E eu ficava na expectativa de qualquer coisa para me alegrar. Eu tinha depedência de eventos para descarregar minhas tensões, meus desamores, minha rotina. Eu passei a focar meus olhos no alto e deixei de perceber os fatos mais comuns. O meu anseio pelo grande me fazia cegar o pequeno, o simples.

Mas eu mudei.

Em um instante, passei a enxergar o real valor das coisas. Vi que o raro, o fugir da rotina é muito e muito bom. Que diferença faz para mim! Mas o comum, o acessível, o rotineiro também pode (se eu quiser) me fazer feliz. O dia-a-dia, as pessoas que me cercam, minhas ocupações podem ser muito grandiosas se minha visão for treinada para isto.

Quando vamos viajar, por exemplo, ficamos tão felizes e ansiosos preparando as nossas malas, só pensando no chegar lá, no programa em si. E esquecemos da nossa família, de quem está falando conosco naquele momento, de quem pelo qual nós vamos passar ao lado, simplesmente porque estamos ali apenas de corpo presente. Nossa alma está longe, no fututo que - sinceramente - ainda não existe!

Deus criou três tempos: Passado, Presente e Futuro. Com qual dos três você se ocupa mais? Confesso que já visitei bastante dois deles: O desejo de ter ou realizar algo (futuro) e arrependimento por escolhas erradas (passado). Como isso em demasia me fez mal. O quanto te faz mal também?

O melhor presente é o presente que é presente para você!

Isso inclui o que você faz agora, fez hoje, fará mais tarde. O que se passa pela sua mente. O natural de acontecer. O comum. O óbvio. O pequeno que tem seu valor! Até o que hoje é grande já foi bem menor um dia. Inclusive:

"A beleza do dia não está na cor do céu, e sim, nos olhos de quem vê!"

Compartilho isso porque o dia de hoje foi normal, mas muito bom. Corrijo-me, perdão! Normal, não! Único! Fiz coisas que nunca mais farei igual. Pensei, falei, abracei, sorri de uma forma singular. Não dá para repetir amanhã! Se eu tentar, não conseguirei, farei de novo, mas diferentemente.

Hoje sei que sou feliz. Pelo que tenho. Por quem tenho. Pelo que faço. Em quem creio. Minha alma tem muitos anseios e darei isso a ela. Mas o sol da manhã, as vozes perto de mim, os perfumes, as cores já me fazem deleitar comigo mesmo! Que diferença de outrora! Mas estou vivo. De uma forma simples, ao mesmo tempo, intensa e plena.

Como todo motivo de ser, eu o possuo. O que me abriu os olhos, aconteceu. Se o novo já chegou na sua vida, me felicito com isso. Se não chegou, te animo dizendo que que procure mais. Você é capaz. O que me mudou não encontrei facilmente, mas veio em boa hora. Torço para que você me conte tua novidade.

Não desista!

(Texto escrito numa noite normal, depois de um dia comum. Mas que nunca mais nascerá novamente!)

MP

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