quarta-feira, 4 de maio de 2011

DAI-ME ASAS

Segue abaixo um texto de um amigo. No próximo post explico porque fiz questão de postá-lo aqui no blog.



Dai-me asas, porque o solo que em eu me encontro se abre pra me engolir.

Dai-me asas, porque é chegada a hora de alavancar e subir.

Dêem-me asas, porque as correntes de ar já se abaixam pra me levantar.

Dai-me assas, porque já contemplei demais o céu daqui de baixo e quero ir lá.

Deixe-me agora voar por entre as nuvens,

E ver daí de cima se aqui em baixo é tão ruim quanto eu penso.

Dai-me asas, porque o sonho de todo homem é voar!

Não importa se de pára-quedas, de avião, de balão ou mesmo planar.

O fato é que todos querem saltar, tirar o pé do chão, levitar.

Dai-me asas, porque eu vivi muito tempo nas mesmas terras.

É hora de viajar, de conhecer o que há lá fora.

Eu já estou grande o bastante, com o coração palpitante.

Já me levanto com a aurora então... É hora de ir embora.

Dai-me asas, porque o que mais quero, é sentir a brisa gelada no rosto.

O vento acariciando minha pele, ainda que minhas extremidades de frio congelem.

Dai-me asas, porque eu preciso sair do ninho,

Tenho plumagem formada, hora de ser passarinho.

Dai-me asas, porque do alto verei mais fácil o que está à minha frente.

Pelo alto a visibilidade é favorável, a visão é diferente.

Dai-me asas, porque necessito encontrar um bando no qual eu me encontre.

O qual me receba e juntos desbravemos novos horizontes.

Asas porque em nenhum momento da vida eu tirei os pés do chão!

Até quase perdi minha vocação, tornei-me como árvore de raízes firmes.

Aderidas à terra, espalhadas por algumas distâncias,

mas que nenhuma delas se compara a que eu vou percorrer

por novas e desconhecidas instâncias.

Asas? Para alçar vôo. Asas pra ter ar por entre as penas,

Asas porque a minha alma não é pequena!!!

Ainda que minha mente seja, e ainda que o medo seja em mim o que há de maior.

Asas efetivamente formadas, porque não sou mais de menor.

Asas porque necessito de carinho, asas porque desde o princípio estou sozinho.

Asas porque quero ver o além mar.

Asas porque como eu estou não posso, não devo, assim continuar.

Asas ainda que eu voe desengonçado.

Asas ainda que eu me machuque.

Asas ainda que precise ficar pelado às vezes e a plumagem mudar.

Asas para que o vento possa, ao paraíso me levar.

Asas porque é preciso novo ninho construir.

Asas porque é preciso mesmo coragem pra partir.

Asas porque estou pronto no momento.

Para desaparecer por entre as nuvens nas asas do vento!

Por: PEDRO FELLIPE SIMÕES

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