Para começar...

-Poema-

ENSAIO SOBRE A IDENTIDADE

Às vezes, me olho no espelho – assim que acordo – e pergunto: Que farei hoje?
Não estou falando de obrigações normais como estudar e trabalhar (meu dia-a-dia).
Também não falo de namoro ou amizades (minhas emoções).
Procuro falar de algo mais profundo, que não sei bem especificar.
Porque a vida vale mais do que coisas materiais e emoções passageiras.
Ela tem um valor inestimável. E, mesmo assim, é tão rápida...

Saio na rua. Vejo centenas de pessoas totalmente diferentes de mim.
Mais velhas, mais novas. Mais ricas, mais pobres. Mais felizes, mais tristes.
Olho para elas e me pergunto: Qual a real diferença?
Não falo de genética nem de situação financeira (o dinheiro não me diz quem sou).
Procuro falar de algo mais profundo, que não sei bem especificar.
Porque os verdadeiros valores são os de dentro, que não se conseguem medir.

“Que farei?” “Qual a real diferença?”
Achei resposta? Você me dirá se achei...

Todas as pessoas carregam dentro de si um coração.
Não falo deste que pulsa agora no teu peito e, se ele parar, você morre.
Falo do coração onde estão os teus sonhos, teus amores, teus defeitos.
Onde está, enfim, a tua IDENTIDADE.

Essa identidade é que nos torna únicos e insubstituíveis.
É ela que nos difere uns dos outros – e até mesmo os gêmeos mais idênticos.
Por isso, não vou vendê-la nem deixarei roubá-la de mim.
É somente minha. Fui eu que a construí sozinho.

À noite, deito em minha cama. Cansado, sempre reflito antes de dormir:
Qual a diferença? -Meu coração faz diferença, ele é a diferença!
Que farei? -Guardarei meu coração todos os dias da minha vida.

Sobre isso, bem falou o sábio rei Salomão:

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida”

Recentemente aprendi isso. Desejo que você aprenda isso também.
E o mais importante: que nunca se esqueça disso!
(Nunca mesmo...)

Nota do autor:
Esse poema escrevi no último domingo, de tarde.
Eu deitei depois do almoço pra tirar um cochilo, mas não consegui dormir (eu precisava dormir, tinha acordado cedo).
Vieram esses sentimentos dentro de mim, e os escrevi.

Também vou encaminhar esse poema pro evento "Versiprosa" no CEFET, onde os alunos fazem apresentações sobre literatura e também há a publicação de um livro com vários poemas, de vários alunos.
Tomara que ele seja selecionado.

Fiquem na paz!

MP